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30 de setembro de 2009

Uma dieta rica em peixe deixa o cérebro bem afiado na velhice.

LONGEVIDADE

Uma pesquisa recém-publicada pelo American Journal of Nutrition investigou o padrão de consumo de peixe numa população de cerca de 15 mil idosos na China, Índia, Cuba, República Dominicana, Venezuela, México e Peru, e os resultados confirmam estudos anteriores realizados em países desenvolvidos: o consumo de peixe está associado a um menor risco de demência. Essa é a primeira vez que esse efeito é demonstrado em países fora do eixo Europa e América do Norte, e também é a maior pesquisa realizada até o momento sobre esse assunto.

Mais de 24 milhões de indivíduos no mundo apresentam o diagnóstico de demência, sendo que suas causas mais comuns são a doença de Alzheimer e a doença cerebrovascular. Calcula-se que cerca de dois terços dos casos de demência encontram-se em países pobres e em desenvolvimento, porém esse é um problema que tem sido relativamente negligenciado nesses países. O atual estudo reforça a recomendação consensual de que se deve comer peixe pelo menos duas vezes por semana para prevenção de doenças cardiovasculares.

O grande responsável por esse efeito protetor do peixe é o ômega-3, um tipo de gordura com efeitos antioxidantes, antiinflamatórios, antiateroscleróticos e neuroprotetores. Sabemos também que há peixes especialmente ricos em ômega-3, como é o caso do atum, sardinha e salmão. Vale ressaltar que sardinha e atum em lata também vale! Pesquisadores da Escola Paulista da Medicina avaliaram as sardinhas em conserva disponíveis no nosso mercado e demonstraram um conteúdo de ômega-3 bem satisfatório. Diferentemente dos peixes em conserva, o peixe quando é frito perde o status de protetor do cérebro e do coração.

Quanto à carne vermelha, o presente estudo evidenciou que seu efeito foi o oposto do encontrado com o peixe: quanto maior o consumo, maior o risco de demência. Esses resultados são consistentes com outras pesquisas prévias. Além disso, recentemente foi demonstrado também que quem come menos carne vermelha vive mais. Calcula-se que 11-16 % das mortes poderia ser evitada se as pessoas comessem menos carne vermelha, e a redução do risco de mortalidade por doenças cardiovasculares poderia chegar a 21%. As carnes vermelhas contêm grande quantidade de gordura saturada que por sua vez está associada ao aumento dos níveis de colesterol, da pressão arterial e do risco de câncer. As carnes vermelhas ainda possuem reconhecidos compostos carcinogênicos, que podem ser ainda mais concentrados nas carnes processadas.

Não é o caso de radicalizar e recomendar que todo mundo pare de comer carne vermelha. Limitar o consumo de carnes vermelhas e processadas a menos de 10% das calorias diárias já é o suficiente. Nesse sentido, dietas com altos teores de carne vermelha como fonte de proteína (ex: dieta do “Dr. Atkins”) não garantem bons resultados à saúde quando se pensa a longo prazo. Por outro lado, um peixinho 2 a 3 vezes por semana é um ótimo negócio à saúde.

Dr. Ricardo Teixeira é Doutor em Neurologia pela Unicamp. Atualmente, dirige o Instituto do Cérebro de Brasília (ICB) e dedica-se ao jornalismo científico. É também titular do Blog "ConsCiência no Dia-a-Dia" e consultor do Grupo Athena.

LONGEVIDADE

Veja também: Convênio de saúde de idoso não pode subir


29 de setembro de 2009

Por que NHENHENHÉM?

longevidade

Imagem: Vibe Cartunage

NHENHENHÉM:

Nheë, em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, os indìgenas não entendiam aquela falação estranha e diziam que os portugueses ficavam a dizer "nhen-nhen-nhen" .

JURAR DE PÉS JUNTOS

- Mãe, eu juro de pés juntos que não fui eu.

A expressão surgiu através das torturas executadas pela Santa Inquisição, as quais o acusado de heresias tinha as mãos e os pés amarrados (juntos) e era torturado p'ra dizer nada além da verdade.

Até hoje o termo é usado p'ra expressar a veracidade de algo que uma pessoa diz.

MOTORISTA BARBEIRO:

- Nossa, que cara mais barbeiro!

No século XIX, os barbeiros faziam não somente os serviços de corte de cabelo e barba, mas também, tiravam dentes, cortavam calos, etc, e por não serem profissionais, seus serviços mal feitos geravam marcas. A partir daí, desde o século XV, todo serviço mal feito era atribuído ao barbeiro, pela expressão "coisa de barbeiro". Esse termo veio de Portugal, contudo a associação de "motorista barbeiro", ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira.

TIRAR O CAVALO DA CHUVA:

- Pode ir tirando seu cavalinho da chuva porque não vou deixar você sair hoje!

No século XIX, quando uma visita iria ser breve, ela deixava o cavalo ao relento em frente à casa do anfitrião e se fosse demorar, colocava o cavalo nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia pôr o animal protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: "pode tirar o cavalo da chuva". Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.

À BEÇA:

O mesmo que abundantemente, com fartura, de maneira copiosa. A origem do dito é atribuída às qualidades de argumentador do jurista alagoano Gumercindo Bessa, advogado dos acreanos que não queriam que o Território do Acre fosse incorporado ao Estado do Amazonas.

DAR COM OS BURROS N'ÁGUA:

A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas, onde os burros morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado pra se referir a alguém que faz um grande esforço pra conseguir algum feito e não consegue ter sucesso naquilo.

GUARDAR A SETE CHAVES:

No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de arquivamento de jóias e documentos importantes da corte através de um baú que possuía quatro fechaduras, sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do reino. Portanto eram apenas quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido ao valor místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A partir daí começou-se a utilizar o termo "guardar a sete chaves" pra designar algo muito bem guardado.

OK:

A expressão inglesa "OK" (okay), que é mundialmente conhecida pra significar algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, no EUA. Durante a guerra, quando os soldados voltavam pras bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam numa placa "0 Killed" (nenhum morto), expressando sua grande satisfação, daí surgiu o termo "OK".

ONDE JUDAS PERDEU AS BOTAS:

Existe uma história não comprovada, de que após trair Jesus, Judas enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhou por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se acharam as botas de Judas. A partir daí surgiu à expressão, usada pra designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.

PENSANDO NA MORTE DA BEZERRA:

A história mais aceitável pra explicar a origem do termo é proveniente das tradições hebraicas, onde os bezerros eram sacrificados pra Deus como forma de redenção de pecados. Um filho do rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que foi sacrificada. Assim, após o animal morrer, ele ficou se lamentando e pensando na morte da bezerra. Após alguns meses o garoto morreu.

PRA INGLÊS VER:

A expressão surgiu por volta de 1830, quando a Inglaterra exigiu que o Brasil aprovasse leis que impedissem o tráfico de escravos. No entanto, todos sabiam que essas leis não seriam cumpridas, assim, essas leis eram criadas apenas "pra inglês ver". Daí surgiu o termo.

RASGAR SEDA:

A expressão que é utilizada quando alguém elogia grandemente outra pessoa, surgiu através da peça de teatro do teatrólogo Luís Carlos Martins Pena. Na peça, um vendedor de tecidos usa o pretexto de sua profissão pra cortejar uma moça e começa a elogiar exageradamente sua beleza, até que a moça percebe a intenção do rapaz e diz: "Não rasgue a seda, que se esfiapa".

O PIOR CEGO É O QUE NÃO QUER VER:

Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D`Argenrt fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos pra Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imaginava era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou pra história como o cego que não quis ver.

ANDA À TOA:

Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está à toa é o que não tem leme nem rumo, indo pra onde o navio que o reboca determinar.

QUEM NÃO TEM CÃO CAÇA COM GATO:

Na verdade, a expressão, com o passar dos anos, se adulterou. Inicialmente se dizia quem não tem cão caça como gato, ou seja, se esgueirando, astutamente, traiçoeiramente, como fazem os gatos.

DA PÁ VIRADA:

A origem do ditado é em relação ao instrumento, a pá. Quando a pá está virada para baixo, voltada pro solo, está inútil, abandonada pelo Homem vagabundo, irresponsável, parasita. Usado também para definir pessoas com comportamento fora do padrão.

VAI TOMAR BANHO:

Em "Casa Grande & Senzala", Gilberto Freyre analisa os hábitos de higiene dos índios versus os do colonizador português. Depois das Cruzadas, como corolário dos contatos comerciais, o europeu se contagiou de sífilis e de outras doenças transmissíveis e desenvolveu medo ao banho e horror à nudez, o que muito agradou à Igreja. Ora, o índio não conhecia a sífilis e se lavava da cabeça aos pés nos banhos de rio, além de usar folhas de árvore pra limpar os bebês e lavar no rio as redes nas quais dormiam. Ora, o cheiro exalado pelo corpo dos portugueses, abafado em roupas que não eram trocadas com freqüência e raramente lavadas, aliado à falta de banho, causava repugnância aos índios. Então os índios, quando estavam fartos de receber ordens dos portugueses, mandavam que fossem "tomar banho".

A DAR COM O PAU:

O substantivo "pau" figura em várias expressões brasileiras. Esta expressão teve origem nos navios negreiros. Os negros capturados preferiam morrer durante a travessia e, pra isso, deixavam de comer. Então, criou-se o "pau de comer" que era atravessado na boca dos escravos e os marinheiros jogavam sapa e angu pro estômago dos infelizes, a dar com o pau. O povo incorporou a expressão.

ELES QUE SÃO BRANCOS QUE SE ENTENDAM:

Esta foi das primeiras punições impostas aos racistas, ainda no século XVIII. Um mulato, capitão de regimento, teve uma discussão com um de seus comandados e queixou-se a seu superior, um oficial português. O capitão reivindicava a punição do soldado que o desrespeitara. Como resposta, ouviu do português a seguinte frase: "Vocês que são pardos, que se entendam". O oficial ficou indignado e recorreu à instância superior, na pessoa de dom Luís de Vasconcelos (1742-1807), 12° vice-rei do Brasil. Ao tomar conhecimento dos fatos, dom Luís mandou prender o oficial português que estranhou a atitude do vice-rei. Mas, dom Luís se explicou: Nós somos brancos, cá nos entendemos.

Enviado por Paulo Toledo.

LONGEVIDADE

28 de setembro de 2009

Idosos felizes Envelhecimento traz tranquilidade, afirma estudo

LONGEVIDADE

Quanto mais velho, mais tranquilo. Um estudo realizado na Universidade de Sydney, Austrália, concluiu que as pessoas encaram a vida de forma mais leve à medida que envelhecem e passam por emoções negativas. O resultado, segundo os pesquisadores, derruba a crença de que o funcionamento do cérebro se reduz com a idade. A pesquisa foi realizada com 242 pessoas, homens e mulheres entre 12 e 79 anos.

Durante o estudo, eles foram submetidos a exames de ressonância magnética e tiveram a atividade elétrica do cérebro monitorada enquanto eram expostos a imagens de expressões faciais com diferentes emoções. Ao se deparar com as imagens, os jovens tiveram mais facilidade para identificar as expressões de medo, e sentiram dificuldade em reconhecer a alegria.

E os mais velhos demonstraram ter mais controle sobre as respostas do cérebro a emoções negativas do que os mais jovens.
Para o pesquisador Leanne Williams, que chefiou o estudo no Brain Dynamics Centre, do Westmead Millennium Institute em Sydney, os resultados trazem novas evidências de que o bem-estar emocional aumenta ao longo do tempo.

Em uma outra direção, a psicanalista Glória Castilho, coordenadora da área de Psicologia do Núcleo de Atenção aos Idosos da Unati/Uerj, é preciso considerar outras questões antes de concluir que a terceira idade seja a fase mais suave da vida, a partir unicamente de exames que monitorem o funcionamento cerebral. "Como extrair apenas de dados sobre o funcionamento cerebral, uma noção tão dinâmica como a de bem-estar atrelada ao processo de envelhecimento e culminando em uma faixa etária?", questiona.


Segundo a psicanalista, bem estar e mal estar atravessam a existência. Há, entretanto, eventos ao longo da vida que favorecem certo mal estar, certa desestabilização. Por exemplo, para alguns adolescentes a entrada na puberdade para algumas mulheres o período puerperal e para outros ainda, a entrada na Terceira Idade pode implicar em dificuldades.
Glória ressalta que a experiência clínica indica a importância de que o idoso possa situar-se em relação às inúmeras perdas que o envelhecimento o confronta: perdas de seus próximos amados, perdas com relação aos ideais de sua juventude, perdas de laços sociais, enumera.

Cada uma destas dimensões de perda requer algum trabalho psíquico, de luto, até para que em um segundo momento novos laços possam ser estabelecidos, permitindo ao idoso uma maior fruição da vida. Além disso, a psicanálise não perde jamais a perspectiva da singularidade, ou seja, a trajetória de um idoso nem sempre cabe na categoria geral "o idoso". Vale, contudo, lembrar que, convidado por um jornalista a dirigir algum conselho aos jovens, o dramaturgo Nelson Rodrigues respondeu sem hesitar: 'Jovens, envelheçam...'.

Fonte: Gerotonlogia
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longevidade

26 de setembro de 2009

Depoimentos curtos, sábios e emocionantes sobre o envelhecimento.


Hoje, se comemora o Dia Internacional do idoso, pensei muito sobre o que postar, me ocorreu então de pedir a algumas pessoas, que respondessem 5 perguntas sobre o envelhecimento, e ao ler, me sinto muito feliz por ter tido essa idéia, já que as respostas foram sábias e emocionantes.

Agradeço, à Leny ao Alexander, Benício, Schneider, Luiz e ao Milton, pela gentileza, bom humor e riqueza das respostas.

Beijo carinhoso à quem respondeu e à quem vai ler.


Leny Cuoco de Carvalho (São Paulo - SP) 62 anos

O que é envelhecer?

R: Quando era muito jovem, adorava brincar de pular corda com meus amigos.

Hoje, posso até pular, mas estou virando a corda e sentindo o mesmo prazer.

Amanhã estarei sentada olhando as pessoas pulando e virando a corda me divertindo muito também.

Envelhecer é aceitar e conviver com a realidade, da melhor forma possível.

A senhora se vê reproduzindo modelos que seu pai lhe ensinou?

R:Sim, muitos deles...papai é o eterno conselheiro da família e dos amigos...exemplo a ser seguido.

A senhora pratica esportes?

R:Sim , caminhadas

E como a senhora lida com o envelhecimento?

R:Envelhecimento é uma realidade que felizmente podemos escolher como conduzir.

O que de mais importante a senhora aprendeu na vida, até agora?

R:Aprendi que o nosso maior tesouro são os amigos, a família, bons costumes, bons programas, freqüentar bons ambientes, ensinar e aprender sempre.Estes são os alicerces mais importantes para uma vida equilibrada e feliz.

"O amor é tudo"


Alexander Striemer (São Paulo – SP) 81 anos

O que é envelhecer?

R:Envelhecer é um processo natural,pelo qual todo mundo passa.O jeito, como em qualquer idade ,é to make de best of it!

O senhor se vê reproduzindo modelos que seu pai lhe ensinou?

R:Sim,mas os tempos e hábitos mudaram muito.O que eu guardo dele,é de tentar sempre agir correto.Existem valores que ele me ensinou e que nunca mudarão.Estou um pouco frustrado ,que não herdei o talento musical dele.

O senhor pratica esportes?

R:Não bastante,Faço três vezes por semana ginástica fisioterapêutica,mas devia caminhar muito mais.

E como o senhor lida com o envelhecimento?

R:Estou aceitando este processo naturalmente pois ele acontece aos poucos.Sinto um pouco falta do meu sempre muito agitado trabalho,mas tento manter meu cérebro em movimento,lendo,escrevendo e convivendo com pessoas mais jovens.As vezes fico bravo comigo,quando as minhas pernas fazem questão de me lembrar dos meus 81 anos ou me falta uma palavra ou um nome,que deviam ser arquivadas no meu cérebro. Ou quando procuro uma coisa que está na minha frente rs.E cultivo sempre um pouco da "criança no homem" em mim.

O que de mais importante O senhor aprendeu na vida, até agora?

R:Que quase nada na vida é definitivo,nem as coisas boas ou as ruins.Que a capacidade de se apaixonar por alguém ou por alguma coisa persiste, mesmo na terceiro idade,talvez com menos quantidade mas com mais qualidade.E que a gente normalmente se lembra apenas das horas felizes do passado,colocando as tristes para o escanteio.E que o bom humor,que ,graças a Deus, normalmente tenho,ajuda muito!


Luiz Laerte Fontes – (São Paulo-SP) 65 anos

O que é envelhecer?

R:É um processo da vida. De um lado pode ser triste perceber as mudanças físicas (de mobilidade, de resistência, de equilíbrio e no aspecto do corpo). De outro, é estimulante sentir que, como em qualquer fase da vida, é possível encontrar amizades, conquistas, prazeres. Me vejo entrando de carro numa rua. Gostaria de fazer um determinado caminho mas a via é de mão única e não permite que eu o faça. É a lei, obedeço, mas entendo que, mesmo assim, consigo chegar onde quero.

Você se vê reproduzindo modelos que seu pai lhe ensinou?

R:Os grandes ensinamentos vêm dos exemplos. Sem dúvida, alguns eu procuro reproduzir, outros fazer de forma diferente. É o mesmo que espero de meus filhos.

Você pratica esportes?

R:Vou começar um na segunda-feira... Bem, atualmente não tanto. Mas não me considero MUITO sedentário, mesmo porque sei da importância dos esportes.

Como você lida com o envelhecimento?

R:Isso me lembra uma história, não sei se verdadeira. Perguntaram à princesa Metternich (1836-1921), lindíssima na juventude: "Em que idade uma mulher deixa de se interessar pelo sexo?". Ela respondeu: "Não sei. Tenho apenas 65 anos." Então, sobre como lido com envelhecimento: só poderei responder quando chegar nele. Tenho apenas 65 anos.

O que de mais importante você aprendeu da vida até agora?

R:Que ela é uma grande escola que funciona 24 horas por dia e que tem, sempre, muito a ensinar. Basta querer aprender.


Milton Fetter (NJ – USA) – 51 anos

O que é envelhecer?

Não sei. Eu só tenho 51 anos !

O senhor se vê reproduzindo modelos que seu pai lhe ensinou?

Claro que sim.. mas do meu jeito, não no dele..

O senhor pratica esportes?

Pergunte ao meu super ativo " Personal Trainer " . Mas, cuidado, ele só tem 5 anos !

E como o senhor lida com o envelhecimento?

Quando ele chegar, eu me preocupo com isso. Por enquanto, estou muito ocupado com a minha vida...

O que de mais importante O senhor aprendeu na vida, até agora?

Não sei responder.. ainda não cheguei no ponto de fazer um "resumo"...

Benício Lopes da Silva (Caruaru - PE) 76 anos
O que é envelhecer?
É sentir que o corpo não faz mais o que a mente deseja.

O senhor se vê reproduzindo modelos que seu pai lhe ensinou?
R:Perdi minha mãe com 16 anos de idade. Ela morreu aos 38 anos, de parto do 18º filho. Éramos uma família sem muito recursos e meu pai não sabia lidar com a numerosa família. Saí cedo de casa, para cuidar da minha vida, vivendo em casa de terceiros. Mas o que mais me marcou em meu pai, foi sua determinação ao trabalho, para sustentar todos, embora precariamente.
O senhor pratica esportes?
R: Até cerca de dois anos atrás, fazia caminhadas. Hoje, por conta de algumas limitações, sequelas de uma cirurgia para colocar 2 pontes de safena, parei um pouco, mas tô retomando, embora com o cansaço físico que isso dá. Mas é melhor que tomar medicamentos para o sono.

E como o senhor lida com o envelhecimento?
R:Tento ser útil dentro de minhas possibilidades. Na casa dos filhos, fico fuçando em busca de torneiras com vazamento para consertar, ou outros pequenos reparos. Também fiz uma horta nos fundos da casa de um filho, que cuidava regularmente até antes da cirurgia, hoje abandonada. Tento não ficar ocioso... Ocupar a mente.

O que de mais importante O senhor aprendeu na vida, até agora?
R:Que vale a pena viver. Quando da cirurgia, passei 71 dias internado, sendo 22 deles numa UTI. Mas eu sempre sabia que ia sair dali. Essa determinação, ajudado pela fé e pela força de meus filhos, parentes e amigos, de dava a certeza de que vale a pena viver.

A.Schneider – (São Paulo – SP) 51 anos

O que é envelhecer?

R:Envelhecer é um processo seqüencial, individual, irreversível mas não é doença.

Você se vê reproduzindo modelos que seu pai lhe ensinou?

R:Sim, transmito alguns modelos, mas procuro ser um pai melhor do que meu pai foi para mim. Mostro que sou um ser humano igual, apenas com mais vivência.

Você pratica esportes?

R:Nado e caminho diariamente.

E como você lida com o envelhecimento?

R:É viver o presente de olho no futuro. É preciso ver que o cabelo branco é normal, que a pele flácida é normal. Claro que o esporte pode me deixar melhor, mas tenho que admitir que o tempo está passando. E dar graças a Deus de não ter morrido antes. Só envelhece quem não morre. É inevitável envelhecer e tenho que corroborar com o inevitável, aceitando que é algo normal da vida, assim como o sol nasce todas as manhãs, como a chuva cai na terra e não o contrário. O ser humano também é assim. Não dá para tentar ser jovem indignamente até o fim da vida.

O que de mais importante aprendeu na vida?

R: Que só é velho, quem perdeu a disposição para aprender e ensinar. E como diz a moça, dona desse blog: " Não podemos ser todos bailarinos, mas, todos nós podemos dançar"

Dona Teresa, 97 anos entrando na política.

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Teresa Santos Lopes com 97 anos, esta habitante de Vila Franca da Beira, em Oliveira do Hospital, faz parte das listas à Assembleia de Freguesia da aldeia e assume-se «muito politiqueira»

Teresa Lopes faz parte das listas à Assembleia de Freguesia de Vila Franca da BeiraA candidatura de Teresa Lopes é simbólica, até porque o seu nome encontra-se no último lugar da lista do Partido Socialista na localidade, mas arrisca-se muito provavelmente a ser a mais velha candidata nas eleições de 11 de Outubro.

Em conversa com o diário regional As Beiras, Teresa Lopes revelou que aceitou integrar as listas para apoiar o seu filho, António Lopes, o número dois desta lista. Desiludida com a política actual, que considera estar «muito mal dirigida» e «muito mal-educada», acredita nas qualidades do filho. «As pessoas não fazem como o António Lopes, que não anda aqui para ganhar dinheiro, nem para criar penacho, anda por humanidade ele não precisava de andar nesta vida», afirmou ao jornal regional.

A anciã, que tem oito filhos, 20 netos, 32 bisnetos e um trineto, classifica-se «muito politiqueira, mas pela verdade». E não vê a política como um trabalho fácil: «não se pode ir para uma junta ou uma câmara a pensar que vão os outros trabalhar por nós, não pode ser uma brincadeira».

O estado da sua terra e as poucas oportunidades de emprego para os jovens de Vila Franca da Beira preocupam Teresa Lopes e a candidata autárquica não deixa de apontar os problemas. Até porque, como a própria confessou ao jornal As Beiras, pode estar «muito doentinha e velhinha mas a língua ainda está boa».

Fonte: LOCAL

25 de setembro de 2009

Dentinhos - Humor




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Sábios conselhos , por quem já chegou aos 90 anos

longevidade


ESCRITO POR REGINA BRETT, 90 ANOS, CLEAVELAND, OHIO.

Para celebrar o envelhecer, uma vez eu escrevi 45 lições que a vida me ensinou. É a coluna mais requisitada que eu já escrevi. Meu taxímetro
chegou aos 90 em agosto, então, aqui está a coluna, mais uma vez:

1. A vida não é justa, mas ainda é boa.
2. Quando estiver em dúvida, apenas dê o próximo pequeno passo.
3 A vida é muito curta para perdermos tempo odiando alguém.
4. Seu trabalho não vai cuidar de você quando você adoecer. Seus
amigos e seus pais vão. Mantenha contato.
5. Pague suas faturas de cartão de crédito todo mês.
6. Você não tem que vencer todo argumento. Concorde para discordar.
7. Chore com alguém. É mais curador do que chorar sozinho.
8. Está tudo bem em ficar bravo com Deus. Ele agüenta.
9. Poupe para a aposentadoria, começando com seu primeiro salário.
10. Quando se trata de chocolate, resistência é em vão.
11. Sele a paz com seu passado, para que ele não estrague seu presente.
12. Está tudo bem em seus filhos te verem chorar.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que
se trata a jornada deles.
14. Se um relacionamento tem que ser um segredo, você não deveria estar nele.
15 Tudo pode mudar num piscar de olhos; mas não se preocupe, Deus nunca pisca.
16. Respire bem fundo. Isso acalma a mente.
17. Se desfaça de tudo que não é útil, bonito e prazeroso.
18. O que não te mata, realmente te torna mais forte.
19. Nunca é tarde demais para se ter uma infância feliz. Mas a segunda
só depende de você e mais ninguém.
20. Quando se trata de ir atrás do que você ama na vida, não aceite
"não" como resposta.
21. Acenda velas, coloque os lençóis bonitos, use a lingerie elegante.
Não guarde para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Se prepare bastante; depois, se deixe levar pela maré...
23. Seja excêntrico agora, não espere ficar velho para usar roxo.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém é responsável pela sua felicidade, além de você.
26. Encare cada chamado "desastre" com essas palavras: Em cinco anos, vai importar?
27. Sempre escolha a vida.
28. Perdoe tudo de todos.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo.
31. Independentemente de a situação ser boa ou ruim, irá mudar.
32. Não se leve tão a sério. Ninguém mais leva...
33. Acredite em milagres.
34. Deus te ama por causa de quem Ele é, não pelo que vc fez ou deixou de fazer.
35. Não faça auditoria de sua vida. Apareça e faça o melhor dela agora.
36. Envelhecer é melhor do que morrer jovem.
37. Seus filhos só têm uma infância.
38. Tudo o que realmente importa, no final, é que você amou.
39. Vá para a rua todo dia. Milagres estão esperando em todos os lugares.
40. Se todos jogássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos os de
todo mundo, pegaríamos os nossos de volta.
41. Inveja é perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42. O melhor está por vir.
43. Não importa como vc se sinta, levante, se vista e apareça.
44. Produza.
45. A vida não vem embrulhada em um laço, mas ainda é um presente.

longevidade

23 de setembro de 2009

Atividade física e memória




Praticar uma atividade física regular pode melhorar muito a qualidade de vida, mas os maiores benefícios só serão percebidos com o passar dos anos. Uma novidade interessante é que este hábito pode melhorar a capacidade de memória, algo que pode fazer uma grande diferença para um envelhecimento saudável. A relação entre atividade física e memória foi observada em um estudo brasileiro realizado pelo Centro de Estudos em Psicobiologia e Exercício do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Durante cinco meses, 50 voluntários de 60 a 75 anos participaram de um programa de atividade física três vezes por semana, com exercícios em bicicleta ergométrica, e sessões de alongamento e flexibilidade. Todos tiveram uma melhora na capacidade cardiorespiratória e muscular, e diminuíram sintomas de depressão e ansiedade. "Foi observado ainda um aumento da capacidade de memória", afirma a educadora física Hanna Karen Antunes, responsável pelo estudo.

Segundo a pesquisadora, a atividade física ajuda a diminuir a viscosidade do sangue, o que contribui para aumentar o fluxo sangüíneo cerebral, melhorando as capacidades cognitivas, como a memória.

Tem-se observado que mantendo uma vida ativa, com atividades física e intelectual, além de convivência social, o idoso diminui o risco de demência, que tem como um dos sintomas a perda de memória. Estudar a relação entre memória e atividade física abre novas perspectivas nessa área. "Os resultados indicam que o exercício é uma alternativa não medicamentosa em se tratando de funções cognitivas", afirma Hanna.

Uma boa recomendação é adotar o hábito da atividade física desde a juventude. "Começar uma atividade física o quanto antes é uma boa maneira de evitar a perda de memória que pode acontecer no envelhecimento", alerta a pesquisadora.
 
Fonte: BemStar

22 de setembro de 2009

Aos 84 anos, dona Almina elaborou um manual para ajudar os adultos a vencer o medo da tecnologia

LONGEVIDADE




Aos 84 anos, dona Almina elaborou um manual para ajudar os adultos a vencer o medo da tecnologia
Dona Almina venceu o preconceito e mostra que é possível superar dificuldades por meio da perseverança




(Foto: Antônio Vicelmo)

"A auto-estima é a percepção que a pessoa tem de si mesma. Esta revisão de vida auxilia na auto-aceitação de habilidades, características e limitações. Isso ajuda a desenvolver melhor a auto-percepção, ou seja, a estar mais satisfeita coma vida". Com esse exercício de reflexão, a aposentada Almina Arraes de Alencar Pinheiro, 84 anos, irmã do ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes, abriu uma janela para o mundo, a partir da adoção do computador na vida cotidiana.


Viúva, com os filhos, netos e sobrinhos distantes, alguns deles no exterior, dona Almina descobriu que a internet seria a forma mais prática de manter o relacionamento com a família.

Ela lembra que os sentimentos de abandono, tristeza, sensação de inutilidade, apatia e desesperança são rotina de inúmeros idosos de hoje.
Assim, ela procurou um curso de informática para entrar no mundo virtual. Procurou formar um grupo da terceira idade para assistir às aulas, mas ninguém se entusiasmou com a idéia. O computador, para a maioria dos idosos, era "um bicho de sete cabeças". Mesmo assim, dona Almina não desistiu. Matriculou-se sozinha num curso onde predominava a presença de crianças. No primeiro dia de aula, um garoto de 12 anos perguntou: "A senhora é a professora?". "Não, eu sou aluna", respondeu. Com seis meses de aula, ela saiu pronta para navegar num mundo que ela até então desconhecia.

Palavras como e-mail, adicionar, anexar, digitar, bytes, megabytes, download, site e outras tantas do mundo virtual agora fazem parte do seu dia-a-dia.
O primeiro computador foi doado pelo filho, Joaquim, que mora em Recife. O segundo foi um presente emocionante. Joaquim conta que, há cerca de 30 anos, um jovem pobre disse para dona Almina que não ia fazer o vestibular porque não tinha dinheiro para pagar a inscrição. Imediatamente, ela entregou o dinheiro ao jovem, dizendo: "você me paga com o seu diploma". O jovem formou-se, tornou-se Dr. Júlio Pinto. Hoje, é professor universitário. Ao tomar conhecimento de que dona Almina estava dominando computador, Júlio Pinto a presenteou com uma máquina de última geração equipada com câmera e impressora.


Animada, ela elaborou um manual com o título "Minhas Lições", que está distribuindo com as amigas da terceira idade e pessoas que ainda resistem ao computador. O objetivo é ajudá-las a superar seus medos e resistências às novas tecnologias.
O computador foi instalado numa das salas do casarão da família decorada com fotos dos parentes mais próximos, entre as quais uma foto grande da primeira campanha vitoriosa de seu irmão, Miguel Arraes, ao Governo de Pernambuco. Ali, ela percorre o Brasil e o mundo. Recebe cerca de 100 e-mails por dia. Grava programas, filmes e músicas que lhe interessam. Copia, recebe e transmite fotografias e faz compras.

O mais importante, segundo dona Almina, além do contato com a família, é a pesquisa. "O computador é uma livraria dentro de casa".
Dona Almina justifica que o aprendizado favorece o desenvolvimento do indivíduo e da sociedade, quando este é flexível e perspicaz para acomodar a novidade e a renovação. "Abre o intelecto humano para investigar. É preciso levar o adulto a pensar, cultivar o espírito crítico e questionador que ele traz consigo, às vezes, adormecido".

Ao fazer estas observações, dona Almina adverte: "Não permita que a distância entre o velho e o novo sejam barreiras, é o grande desafio que temos, uma luta constante contra todas as ações discriminatórias que possam existir, permanecer e aparecer no processo vertical e horizontal da educação. Ao fazer esta advertência, dona Almina complementa: O idoso não pode se entregar à apatia. A aposentadoria não deve ser encarada como objetivo, muito menos como condição para que se pare de produzir".



Fonte: Diário do Nordeste
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21 de setembro de 2009

Cafeína X dor de cabeça

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Não é à toa que a cafeína é o estimulante cerebral mais frequentemente consumido no mundo, pois ela é capaz de provocar bem estar, aumentar o nível de alerta, energia e sociabilidade. A relação entre a cafeína e a dor de cabeça pode ser vista como uma faca com muito mais de dois gumes. De um lado estão as pessoas que têm dores de cabeça precipitadas pela cafeína. A substância também é capaz de aliviar uma crise de enxaqueca, tanto é que muitas das medicações para essa doença têm cafeína em sua composição. Além disso, para quem usa cafeína diariamente, sua abstinência súbita pode causar crises de dor de cabeça.

Um estudo publicado recentemente pelo periódico Journal of Headache and Pain confirma que o excesso de cafeína pode tanto melhorar como piorar as crises de dor de cabeça. O estudo foi conduzido na Noruega e envolveu mais de 50 mil pessoas que tinham o consumo médio de cafeína de 420mg/dia, o que significa umas quatro xícaras de café expresso. Cerca de 40% das pessoas estudadas relatou ter apresentado dor de cabeça no último ano e aquelas que consumiam mais cafeína tiveram maior chance de apresentar crises de dor. Por outro lado, cerca de 1% das pessoas apresentou crises por mais de 14 dias durante o mês, e esse risco de alta freqüência de dor de cabeça foi menor entre aqueles que consumiam mais cafeína.

Os resultados sugerem que, para as pessoas que têm crises pouco freqüentes, o excesso de cafeína pode atrapalhar, e já para quem tem alta freqüência de crises, a cafeína pode até ajudar. Esses resultados não são definitivos e o que se pode recomendar por enquanto para quem sofre de dor de cabeça é que não se deve abusar da cafeína, especialmente nos casos de enxaqueca. Outra recomendação é que não se deve proibir seu uso de forma indiscriminada, exceto nos casos em que a pessoa percebe que basta tomar uma dose que a dor de cabeça aparece. No caso das pessoas que usam muita cafeína, essas não devem parar seu uso subitamente, pois isso pode causar dor de cabeça.
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20 de setembro de 2009

Quem disse que todos nós precisamos de 8 horas de sono?

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Nem todos precisam de 8 horas de sono para se sentir revigorado. Os pequenos dormidores, cerca de 2% das pessoas, carecem apenas de 5 a 6 horas. E os grandes dormidores, outros 2%, de 10 a 11 horas. "O importante é que, ao acordar, você cante com os passarinhos, de tão bem disposto", brinca Monica Andersen, professora de Medicina e Biologia do Sono da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Se a quantidade de sono pode variar, a qualidade tem de ser garantida, porque uma série de processos neurológicos e hormonais acontece quando adormecemos. No primeiro estágio do sono, entre 22 horas e 2 horas, o hormônio do crescimento é liberado. "Por isso, mesmo com toda a resistência, os adolescentes deveriam dormir mais cedo", diz Monica.

É durante o sono também que o corpo regula o cortisol, hormônio do estresse. Perto da hora de dormir, ele deve estar o mais baixo possível, porque, naturalmente, seu nível vai se elevar conforme a manhã se aproxima. "Não à toa, quando temos um compromisso importante no dia seguinte ficamos com o sono fragmentado. É o cortisol agindo."

A pesquisadora explica que a ciência ainda não detectou o "botão liga-e-desliga" do corpo humano, "senão curaríamos a insônia". Mas afirma que, quando vai chegando a hora de deitar, a temperatura do nosso corpo cai e, reagindo à escuridão, a melatonina, hormônio indutor do sono, é produzida.

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19 de setembro de 2009

Evitando problemas com medicamentos

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Em casa

•Faça uma lista de todos os remédios que toma, mesmo daqueles que não têm prescrição. Anote o nome, quem receitou, as quantidades e o horário. Mantenha uma cópia em casa e outra no bolso ou na carteira
•Leia e guarde as bulas
•Siga horários e quantidades de acordo com o indicado pelo médico
•Verifique as datas de vencimento das drogas e elimine os remédios velhos
•Não utilize remédios prescritos para outras pessoas
• Não interrompa o tratamento sem aval do médico. Nem tome doses menores ou maiores do que as prescritas
•Evite misturar remédios e álcool

No consultório
• Pergunte se há alternativas terapêuticas ao remédio
• Informe-se sobre a ação da droga, o período de administração, como saber se está funcionando, o que poderá sentir enquanto toma a medicação
•Informe ao médico também sobre o uso de vitaminas, fitoterápicos, laxantes e os remédios vendidos sem prescrição. Eles podem interferir na ação das drogas
•Pergunte sobre a administração do remédio com comida. Alguns podem ter eficácia menor se tomados na s refeições
•A cada nova consulta, revise com o médico os medicamentos que toma
•Comunique o profissional imediatamente se tiver problemas após tomar o remédio
Remédios que devem ser usados com cuidados redobrados, e apenas com prescrição médica.
Antidepressivos
Trazem efeitos colaterais como constipação intestinal, boca seca, retenção urinária, problemas que muitas vezes já estão presentes nos idosos.
Benzodiazepmicos
Tranquilizantes, remédios para dormir. Podem causar dependência.
Analgésicos opióides
Podem levar à dependência.
Antiinflamatórios
Pode trazer problemas estomacais e diminuir o efeito de drogas para baixar a pressão, muito utilizadas por idosos.
Hipoglicemiantes de longa ação
Reduzem os teores de açúcar no sangue por muito tempo e podem levar a demaios ou quedas.
Relaxantes musculares
Em teoria, só deveriam ser utilizados como coadjuvantes de anestesias. Podem intensificar o quadro de fragilidade muscular

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18 de setembro de 2009

Conheça a capital da longevidade em São Paulo

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Em Oscar Bressane, atividades e atendimentos de saúde são acessíveis aos idosos. Parque da capital paulista oferece aparelhos especiais para quem precisar recuperar os movimentos.

O tempo passa para todo mundo. Uma viagem que ninguém sabe onde vai dar. Sérgio Barghetti, de 69 anos, e a Áurea Rosset Barghetti, de 63, embarcaram há muito tempo. Já viveram bem mais do que a maioria neste vagão. Uma vida exposta a tudo aquilo que, dizem, "faz mal": poluição, estresse, excesso de trabalho. E chegaram aos dias de hoje ainda cheios de energia. Eles têm agilidade, indispensável em uma cidade como São Paulo. "Você não deve dizer que não pode. Vai fazendo", diz ele.

Quem vê seu Sérgio nem imagina que ele teve três isquemias e um derrame que afetou os movimentos do lado esquerdo do corpo há dez anos. Depois, vieram os sintomas da Doença de Parkinson. Mas ele não se entrega.

Ele se cuida e melhorou bastante por causa disso. É bom para ele e para mim também. Antes, ele era mais dependente. Hoje, se vira: dirige, sai, faz tudo", conta dona Áurea.

"Acho que deveríamos aprender a administrar o tempo", aconselha seu Sérgio.

Tempo para cuidar da saúde, fazer exercício físico.

Eu percebi que quando levanto e ando fico o dia inteiro excelente. Se eu não ando, a dor começa", conta seu Sérgio.

Continua aqui

Fonte: Globo Reporter


Longevidade

17 de setembro de 2009

Internet pode tornar-se um vício?


Desde o seu início, esse blog, vem incentivando os idosos para o uso da internet, como ferramenta de sociabilidade, pesquisas lazer e comodidades Criamos até o Unstrap, blog de assuntos ligados à informática e principalmente a Internet. Entretanto, tudo tem seu lado bom e seu lado ruim; leia as matérias indicadas abaixo, e perceba que, como tudo, mesmo o que é bom tem que ser bem dosado, para que aquilo que poderia ser benéfico não se transforme em doença.

Ficar muitas horas conectado sem um propósito definido, sem qualquer critério, me parece dependência, que compromete sem dúvida a saúde geral, produz, obesidade, lesões físicas como inflamação na pele, problemas musculares, dores lombares. Falta de exercício, luz solar e ar fresco pode fragilizar o sistema imunológico.

Há quem questione se de fato existe essa dependência e as consequências, lembrando a possibilidade do indivíduo já ter uma pré-disposição ao distúrbio compulsivo, ou à depressão e ansiedade e que a internet venha apenas potencializá-los.

Seja como for, entendo, que o indivíduo que abdica de relações reais, do sono, negligencia as suas obrigações, e a família e em alguns casos deixa até de se preocupar com o asseio pessoal em troca da internet, algo está errado, e se a internet apenas acionou o gatilho, se o "vício" está registrado como doença mental ou não, esse comportamento merece cuidados de um especialista em transtornos.


Serviços em São Paulo que oferecem tratamento gratuitamente:
- Ambulatório dos Transtornos de Impulso do Hospital das Clínicas (HC) - Instituto de Psiquiatria (IPq) do HC, que fica na Rua Dr. Ovídio Pires de Campos, 78, próximo ao metrô Clínicas, Cerqueira César, São Paulo.
http://www.hcnet.usp.br/ipq/grupos.html

Teste aplicado pelo Ambulatório dos Transtornos de Impulso do Hospital das Clínicas (HC


- Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad), do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo - Unifesp.
Rua dos Ottonis, 887 - Vila Clementino - S. Paulo SP
E-mail: proad.dpsi@epm.com.br
http://www.proad.unifesp.br/



Núcleo de Pesquisas em Psicologia e Informática da PUC/ São Paulo
http://www.pucsp.br/nppi/mural.html
Contato: nppi@pucsp.br


Para quem quiser saber mais leia:

Entrevista com Prof. Dr. Cristiano N. de Abreu - Vício em Internet

Existe, de fato, o vício de internet? - Prof.Alex Primo

No mundo, há entre 50 milhões e 100 milhões de viciados em internet.



Nova bula de remédio mais fácil de ler e de entender.

bula_nova

Com o objetivo de facilitar a leitura e a compreensão do paciente sobre as bulas de remédios, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), determina que todos os laboratórios terão de se adaptar até Janeiro de 2011 à fornecer bulas seguindo novas diretrizes visuais. As novas regras foram publicadas na quarta-feira (9) no Diário Oficial da União e já começaram a valer.

A tipologia padrão deverá utilizar a fonte “Times New Roman“, tamanho 10, que em média tem 2,3 mm de altura, enquanto as atuais têm em média 1,5 mm de altura. Outra novidade é que o conteúdo das bulas deverão ser expostos em formato de perguntas e respostas, será obrigatório as versões em braille e audio, além de um formato especial em “Verdana” 24 para pessoas com problemas na visão.

O prazo para as empresas se adequarem as novas regras visuais é janeiro de 2011, sob pena de notificação, interdição ou até multa de 1,5 a 2 milhões de reais. Clique aqui e veja a apresentação completa da nova bula (pdf).

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Compras Compulsivas por Tatiana Zambrano Filomensky

5 coisas que você deve saber sobre Compras Compulsivas


sacolas

O que são as ‘Compras Compulsivas’?
É um excesso de preocupações e desejos relacionados ao comprar. A pessoa que compra compulsivamente apresenta um comportamento de descontrole com relação às compras e ao gasto de dinheiro. Compra para lidar melhor com as próprias emoções. Por exemplo, se está triste vai comprar para ficar feliz, se tem uma reunião no trabalho vai comprar uma roupa nova, ou seja, há sempre uma justificativa para ir às compras. Dessa forma, tenta mascarar seus sentimentos verdadeiros (tristeza, raiva, ansiedade etc.) com o prazer que sente ao comprar.

Como essas pessoas compram muito, costumam mentir sobre o que compram, quando compram, quanto gastaram, pois tem sempre alguém dizendo que estão gastando demais. Algumas vezes podem chegar a roubar, falsificar assinatura de cheque ou cartão para conseguir crédito para comprar. Muitas vezes tentam controlar seus gastos, diminuir as compras, mas não conseguem, se sentem frustrados e incapazes de lidar com essa situação exagerada de comprar. E, ao longo do tempo, percebem que vão comprando cada vez mais coisas para atingirem a sensação de prazer.

Por quais razões ocorre o comprar compulsivo?
Alguns fatores que contribuem para o desenvolvimento da compra compulsiva incluem desde fatores biológicos e psicológicos, aos sócio-culturais, considerando uma sociedade que estimula a troca rápida de bens de consumo. Famílias de compradores compulsivos geralmente têm outros integrantes que apresentam falta de controle do impulso de comprar, ou de jogar, ou mesmo a dependência química. Também existem alguns estudos que apontam para uma baixa ação dopaminérgica, a chamada Síndrome da Deficiência do Sistema de Recompensa Cerebral, causando esse descontrole.

Na questão comportamental prevalece o fator da baixa auto-estima, pessoas com uma identidade frágil que se apóiam na compra de objetos, roupas, acessórios, para mostrarem quem são ou aumentarem sua auto-estima. É o que costumamos chamar de ‘Ter’ para ‘Parecer Ser’.

Como identifico quando alguém está com esse problema?
Observe se a pessoa perde o controle nas situações de compra, verificando se ela apresenta preocupações excessivas com o ato de comprar, tentativas frustradas de diminuí-las, sentidas como um impulso sem controle ou a simples inabilidade de resistir a qualquer objeto de desejo. Perceba se a pessoa compra para buscar prazer, se ao comprar demonstra satisfação e alívio, e mais tarde arrependimento, culpa, sensação de fracasso ou ansiedade.

Verifique se a pessoa passa a ter prejuízos financeiros causado pelo endividamento, falha em cumprir compromissos pessoais e se recorre a mentiras para minimizar o envolvimento com as compras. E, finalmente, se persiste no comportamento de comprar compulsivamente, mesmo diante de muitos prejuízos.

As ‘Compras Compulsivas’ têm tratamento?
Sim. O tempo do tratamento vai depender muito de cada pessoa, dos problemas emocionais envolvidos, da sua motivação para se tratar. É muito comum pessoas que fazem compras compulsivas também apresentarem problemas como ansiedade, depressão e alteração do humor. Por isso é fundamental o acompanhamento médico e o psicoterápico.

Na psicoterapia, por exemplo, a pessoa vai poder rever a forma como lida com as suas emoções, perceber o papel ‘funcional’ do dinheiro na sua vida, estabelecer um novo padrão de comprar etc. Algumas vezes é necessário contar com a ajuda dos familiares, reduzir o acesso ao dinheiro, estabelecer metas para resolver os problemas financeiros, entre outras providências.

Qual profissional pode ajudar o comprador compulsivo?
Você deve procurar ajuda do psiquiatra e o psicólogo. O psiquiatra irá fazer a avaliação das questões pertinentes à depressão, ansiedade, humor e lhe medicar, se for o caso. Isso auxilia muito o tratamento.

O psicólogo, por sua vez, irá auxiliar nas questões emocionais que estão relacionadas ao comportamento do comprar compulsivo. A terapia cognitivo-comportamental vem apresentando excelentes resultados no tratamento de compradores compulsivos. Seu foco é ajudar a pessoa a identificar os pensamentos que influenciam o desejo de comprar, e promover a mudança do comportamento, lidando e evitando as situações que aumentam o desejo de consumo.

Tatiana Zambrano Filomensky - Psicóloga Clínica, especialista em Terapias Cognitivas, coordenadora do atendimento de pacientes com Compras Compulsivas do Ambulatório dos Transtornos do Impulso (AMITI) e psicóloga do Ambulatório de Jogo Patológico (AMJO) do Instituto de Psiquiatria do HC-FMUSP.

Onde achar:
Consultório particular: (11) 3031-5381

Atendimento gratuito:
Ambulatório dos Transtornos do Impulso (AMITI) e Ambulatório de Jogo Patológico (AMJO) do IPq-HC-FMUSP
www.amiti.com.br / www.anjoti.org.br

15 de setembro de 2009

Aprendemos com a vida - José Manuel Moran

LGEVIDADE


Podemos transformar a nossa vida em permanente, paciente, afetuoso e  emocionante processo de aprendizagem.
 
Em todos os momentos,
Em todos os espaços,
Em todos os nossos tempos,
Em todas as situações estamos aprendendo...
Ou podemos aprender.
 
Quanto mais avançamos em idade, mais claramente mostramos o que aprendemos, o que somos, em que nos transformamos, o que é autêntico e o que não é. Cada um de nós, com o passar dos anos, vai revelando, por sua atuação e palavras, o que aprendeu realmente, até onde evoluiu.
A infância e a juventude são fases de descobertas, de busca de identidade, de inserção nos diversos espaços pessoais. É difícil avaliar ainda o que é autêntico, o que permanecerá como eixo fundamental em cada pessoa e o que é "fabricado", "postiço" ou moda, que se modificará significativamente com o tempo.
No começo da idade adulta nós vamos nos definindo em todos os campos – o intelectual, o emocional, o profissional. Já mostramos mais claramente o que aprendemos e o que não aprendemos, o que é verdadeiro e o que é fantasia. A nossa personalidade e a maneira de nos adaptarmos socialmente ficaram mais perceptíveis, mais ainda podemos nos iludir, perder a nós mesmos, adiar decisões.
Na idade adulta ainda há uma grande margem de representação, de atuação. Podemos nos enganar consciente ou inconscientemente em muitos campos, durante muitos anos. Muitas decisões podem ser justificadas com motivos como "sustentar uma família", "não perder um emprego", "tentar levar adiante uma relação afetiva".
Quanto mais avança na vida, o ser humano deixa de ter desculpas para a sua forma de ser e de agir. Ao chegar à terceira idade, então, mostra realmente o que é, o que aprende e até onde evoluiu. Mostra as suas realizações, seus medos, as formas que desenvolveu para lidar com o intelectual e o emocional, ou seja: os pontos fortes e fracos que tem para lidar consigo mesmo e com o mundo.
Aprender a viver é uma arte complexa. É a soma de conhecimentos aplicados ao gerenciamento pessoal, numa contínua interação entre pesquisa e ação, cujo objeto é a própria pessoa. É um processo constante, dinâmico, que avança em espiral crescente.
O aprender a viver acontece no diálogo permanente, silencioso, profundo – às vezes tenso, contraditório, mas sempre humilde e confiante em tudo o que se relaciona consigo mesmo: pessoas, situações, sentimentos, idéias, desejos, realizações. Nesse diálogo, nós, seres humanos, vamos construindo a nossa identidade, nosso caminho, nosso mosaico multicolorido (aquele que revela o seu significado quando o colocamos em perspectiva e o olhamos como um todo).
  1. Aprendemos a viver por ensaio e erro, por tentativas de acerto em cada etapa, fazendo sínteses adequadas a cada momento; por sucessivas avaliações do que vemos, sentimos, como agimos, do que julgamos que vale a pena e do que devemos descartar.
  2. Aprendemos a viver na construção contínua, paciente, humilde e confiante de nossa personalidade, no dia-a-dia do nosso conhecer cada vez mais amplo, do sentir cada vez mais profundo, da comunicação cada vez mais autêntica – uma construção paciente e atenta, capaz de acolher as novas idéias, as dificuldades, as perdas e os desencontros.
Ao observar pessoas adultas e, especialmente, as da terceira idade, que começam a envelhecer, é possível identificar aquelas que tiveram dificuldades: são as que permanecem cheias de medos, de rancor e de mágoas. As pessoas que realmente aprenderam a viver, que evoluíram como pessoas, são as que não perderam o afeto, pois estão envelhecendo com dignidade e em paz. Com estas vale a pena aprender.
O maior desafio é transformar nossas vidas em um processo contínuo de aprendizagem, de evolução e de realização; um processo cada vez mais pleno, autêntico, rico e profundo.


Texto do livro Aprendendo a viver - 4ª ed. São Paulo: Paulinas, 2008, p.7-9.
Prof. José Manuel Moran – Escola de Comunicação e Artes da USP
jmmoran@usp.br
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H1N1 - Unifesp cadastra voluntários para estudo sobre a doença



Agência Brasil
15/09/09
O Núcleo de Pesquisa em Geriatria e Prevenção da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) está convocando voluntários para participar de um estudo clínico para o tratamento da influenza A (H1N1) – gripe suína. A proposta foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da própria instituição. Os voluntários vão receber doses do medicamento Tamiflu e serão acompanhados por uma equipe de profissionais de saúde.

De acordo com a universidade, o estudo foi encomendado pela própria empresa fabricante do Tamiflu. A idéia é testar as diferentes dosagens do remédio.

Para participar, os candidatos devem ser maiores de 18 anos e apresentar sintomas como febre de 38º ou mais, mal-estar, dores musculares e tosse, desde que constatados nas últimas 48 horas. O contato deve ser feito pelo telefone (11) 5579-0400, das 8h30 às 12h30, de segunda a sexta-feira.

LONGEVIDADE AGENDA

14 de setembro de 2009

Especialista mostra os desafios para a geração que chega à meia-idade

LONGEVIDADE

Não é apenas a internet - e outros produtos das novas tecnologias - que exige grandes esforços de adaptação dos adultos de meia idade. Transformações profissionais, financeiras, sociais e humanas não dão margem para fugas. Segundo o doutor em Novas Tecnologias da Comunicação pela USP, José Manuel Moran, a meia idade experimenta as dificuldades das mudanças atuais como na adolescência. Encarar esse desafio como um estímulo ou um fator desanimador é uma escolha pessoal.

Segundo Moran, tanto jovens quanto os mais velhos sofrem influências parecidas da família, entre os amigos e colegas de trabalho, e da mídia. Ambos sonham e lutam para realizar os desejos. Só que, enquanto os adolescentes têm como vantagem a curiosidade por nunca terem experimentado a maior parte de seus sonhos, "os adultos de meia idade já passaram por muitas frustrações, viram fantasias se desfazer e já realizaram muito também", diz Moran. Ele próprio, aposentado do cargo de professor da Universidade de São Paulo, experimenta as pressões para não parar de trabalhar e se atualizar na profissão.

E, por isso, luta para se desfazer das frustrações do passado, antes de pensar o futuro. Diz que, para quem ainda tem metade de uma vida pela frente e quer seguir adiante, é preciso aceitar não só as conquistas do passado mas também o que ficou mal-resolvido e não se pode mudar. "É preciso entender que cada um faz o possível dentro das condições em que vive", diz Moran. Ao aprender a valorizar a trajetória pessoal, ele incorporou o desejo de procurar novas possibilidades e se realizar.

Mas, como buscar alternativas? "Antigamente, parecia tão mais fácil!", suspira Moran. Emprego e família se mantinham durante toda a vida. "Meus pais diziam, no tempo deles, que casamento era loteria", completa. Sorte ou azar, não havia como mudar o prêmio, só trabalhar o que já se tinha. "Hoje, há um universo de possibilidades. E, por isso, até encontrar saídas pode se tornar um problema, pois fica difícil tomar decisões", lembra.

E explica: "muitas pessoas, influenciadas pelas possibilidades mostradas na mídia e em outros meios, simplesmente imitam o que gostariam que fosse parte de sua vida, sem refletir o porque daquele desejo. Acham que se repetirem aquilo que vêem na televisão ou na casa de um amigo, estarão melhorando suas vidas", questiona José Manuel. Na opinião dele, as pessoas devem aceitar que sua realidade não é a mesma do personagem da novela ou do conhecido. "Precisam conhecer sua história e seus desejos e encontrar saídas que dêem sentido a sua própria trajetória", diz Moran.

Por isso, é preciso parar um pouco a correria do dia-a-dia e prestar atenção em si mesmo, nas pessoas com quem se relaciona, no tipo de pensamento que aparece involuntariamente, nas reações que o corpo produz. E a meia idade é a fase ideal para isso. É claro que vale buscar ferramentas como livros, cursos, diálogos, grupos de ajuda mútua, psicoterapia. Mas não esperar encontrar a saída no que são apenas instrumentos para o aprendizado. "Só com muito esforço o interior consegue acompanhar e aceitar as mudanças exteriores", conclui Moran, indicando o que acredita ser a chave para o bem estar.


Saiba mais sobre o trabalho de professor José Manuel Moran:
http://www.eca.usp.br/prof/moran/index.htm

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